terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natalis Solis Invicti



O Nascimento do Sol Invencível era uma tradicional festa dos antigos romanos, instituída a partir dos cultos pagãos em homenagem ao Deus Sol.

Rá, Mitra, Baal, Surya, entre outras divindades solares, eram homenageadas em grandes e importantes festividades populares, saudando a esperança, a força e a renovação do Deus Solar.


Não obstante o frio e o gelo do Hemisfério Norte na época de dezembro, haveria sempre a esperança do Deus Sol de vir aquecer a terra e germinar os frutos, trazendo novamente a abundância, a energia, a vitalidade a todos.


Por isso que eram momentos de festa, muita comida, bebida e troca de presentes.


As luzes estavam presentes em todos os lugares, seja através de lamparinas ou velas, iluminando todas as casas e os caminhos por onde se passavam.


Era a conhecida Saturnália, na qual celebrava-se o Solstício de Inverno (Yule para alguns), festa em homenagem à Saturno. Era portanto, solenizado o dia mais curto do ano no Hemisfério Norte e o nascimento de um Novo Sol.


A ideia de um Deus Sol personificado, o "Salvador" dos momentos difíceis do frio e da seca foi um prato feito para o cristianismo.


Tendo sido decretado como religião oficial a partir de Constantino, (317-337 d.C), então Imperador de Roma, como antigo adorador do Sol, transformou o dia 25 de dezembro uma Festa Cristã. 

Ele transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo. Uma forma de sincretismo religioso. Assim, rituais, crenças, costumes e mitos pagãos passam a ser patrimônio da “Nova Fé”, convertendo-se deuses locais em santos, virgens em anjos e transformando ancestrais santuários em Igrejas de culto cristão. Deve-se levar em consideração que o universo romano foi educado com os costumes pagãos, portanto não poderia ocorrer nada diferente.
Todavia, o povo cristão do Oriente, adaptou esta celebração para 6 de janeiro, possivelmente por uma reminiscência pagã também, pois esta é a data da aparição de Osíris entre os egípcios e de Dionísio entre os gregos. (A verdadeira história do Natal - Ceticismo.net)

Não obstante seja muito estranho comemorarmos o Natal da forma como vemos em propagandas e na mídia, na figura de um velho de barbas longas, roupa vermelha e botinas, que entrega presentes montado em seu trenó (levado por renas por todo o mundo), é importante para aqueles que traçam uma caminhada mágicka ir um pouco além da limitada formação cristã propalada ao longo dos últimos séculos.


Isso porque no Hemisfério Sul estamos celebrando o Solstício de Verão, no qual o Deus Sol está em seu ápice.


Em Litha celebremos a dualidade, ou seja, a Deusa no seu aspecto Gaia – Mãe Terra e o Deus na sua força de Deus Solar (germinador), é um momento de agradecimento, cura de todos os tipos (espirituais, emocionais, físicas e mentais) e de muita força, pois contamos com as duas polaridades em seu momento ápice e isso se vê por tudo o que brilha, floresce, aquece, energiza neste período. Aqui no Hemisfério Sul somos realmente muito abençoados por termos esse período tão forte e marcante dentro de nosso ciclo sabático.


Confraternizar, estar com as pessoas queridas, cantar, dançar e trocar presentes com certeza é muito mais do que este “Natal” que nos forçam a aceitar, mas sempre vale a pena quando conseguimos colocar em práticar o sentido mágicko da energia deste momento único de força, beleza, magia e transformação.

Um feliz e mágicko Dia do Sol Invencível!

Evoé!

NFT

Para saber mais: A verdadeira história do natal